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10/02 - Há sinais de recuperação no mercado de mineração


Há sinais de recuperação no mercado de mineração

As ações de empresas de mineração, o saco de pancadas dos mercados em 2015, estão sendo as queridinhas em 2016 — pelo menos por enquanto

As ações de companhias abatidas como a Anglo American PLC, a BHP Billiton Ltd., Glencore PLC e Vale SA subiram nos últimos dias, impulsionadas por uma recuperação das commodities, pelo enfraquecimento do dólar e por esperanças renovadas de que a demanda da China voltará a crescer este ano. A dúvida entre os investidores agora é se essa é uma recuperação estável ou uma melhora passageira que indica outro mergulho.

Analistas dizem que há razões para ter esperanças, mas alertam que pode levar um tempo para que o mercado fique mais claro para o investidor.

“Posso até arriscar a dizer que [a recuperação] é real”, diz Chris Beauchamp, analista sênior de mercado da trading britânica do IG Group.
Uma subida nos preços das commodities tem alimentado a recuperação. O minério de ferro, que recuou 40% em 2015, já subiu 14% desde meados de janeiro. O cobre, que atingiu, em meados de janeiro, o nível mais baixo desde o início de 2009, subiu desde então 8,2%.

Há indícios de que a demanda poderia voltar a subir na China, apesar de o país ter fechado 2015 com um crescimento anual de 6,9%, o mais lento em 25 anos. Em dezembro, a China registrou um aumento de 26% nas importações de cobre e produtos semiacabados em comparação com um ano antes, o segundo maior salto mensal já registrado, de acordo com a autoridade aduaneira chinesa.

mineradora vale 1400O diretor-presidente da Glencore, Ivan Glasenberg, tem dito que a demanda chinesa, embora não esteja muito aquecida, deve permanecer robusta. Segundo ele, fundos de hedge e outros operadores pessimistas têm usado seu poder financeiro para reduzir artificialmente os preços das commodities. “No fim, os fundamentos vão prevalecer”, disse Glasenberg em uma conferência em Londres, em outubro. “A demanda ainda está lá.”

As ações das mineradoras despencaram em 2015, um dos piores anos já registrados pela indústria, em meio a uma desaceleração na demanda da China e em outros lugares. Sinais de esperança sobre a China e sobre o crescimento global poderiam indicar que o fim do declínio de preços das commodities e das ações do setor de mineração pode estar perto, escreveu Paul Gait, analista da corretora americana Sanford C. Bernstein, em uma nota na sexta-feira. “[Qualquer] retorno ao crescimento global […] terá um profundo impacto sobre os preços das commodities”, disse ele.

As mineradoras continuaram na rota de recuperação na sexta-feira. A Anglo American, que chegou a subir 24% na quinta-feira, ganhou outros 11% na negociação em Londres, o que levo a cotação da ação a uma alta de 21% no ano. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, a ação ainda está com queda de 69%. A ação da Glencore, que perdeu 62% no ano passado, ganhou 2,5% na sexta-feira, o que a deixou com alta de 13% até agora no ano. A ação da gigante anglo-australiana BHP subiu 5% em Sydney na sexta-feira, mas continua com queda de 9% em 2016, e de 45% nos últimos 12 meses. A ação de referência da Vale também fechou a semana em alta de 7,6%, mas, mesmo assim, acumula um recuo de 24% no ano.

Preocupações renovadas sobre a força da economia americana derrubaram o dólar, o que ajudou as ações das mineradoras. O índice WSJ do dólar, que compara a moeda americana com uma cesta de 16 moedas, atingiu na quinta-feira seu nível mais baixo desde o início de novembro.

A fraqueza da moeda americana ajudou a alimentar o salto das commodities, que normalmente são compradas e vendidas em dólares. Como é preciso mais dólares para comprar um barril de petróleo ou uma tonelada de cobre, os preços naturalmente sobem quando o dólar cai. Por outro lado, o dólar forte em 2015 ajudou a derrubar os preços das matérias-primas, castigando as ações do setor de mineração.

Alguns analistas alertam que a recuperação atual poderia ser um alarme falso. Embora as importações de cobre tenham subido em dezembro, de forma geral, elas caíram 2,2% em 2015, seu terceiro ano consecutivo de declínio. Ao mesmo tempo, a oferta global de cobre refinado subiu 1,8%, de acordo com o Grupo de Estudo Internacional sobre o Cobre, uma organização do setor.

Os preços das commodities não caíram o suficiente para reduzir a oferta de forma a criar um avanço sustentado nos preços, afirmaram analistas da gestora de recursos britânica Investec Asset Management. “Precisamos de um período sustentado de falta de incentivos de preços para equilibrar o mercado de commodities e, assim, estabilizar o setor”, concluiu a Investec em uma nota na sexta-feira.




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